domingo, 12 de setembro de 2010

Ligeiro Pranto Daquela Que Vem Do Mar

Dedico a Marina Nogueira, que combina muito mais com um sorriso. (:


Noite. Aguardada noite. Roupas espalhadas pela cama, combinações dispersas na mente. Sutil empolgação expressa. Não esperar por nada é a simples solução. A prática nunca é como deveria ser. Espera-se, fantasia-se, deseja-se.

A roupa parece sem graça. A maquiagem escorre pelo rosto, destruída pelas lágrimas. Mais destruído ainda o coração. Por quê? Parece que vai ser sempre assim. Parece que não tem jeito. Incrivelmente, o momento mais doloroso é a memória mais cheia de detalhes. Cada um deles fazendo brotar mais lágrimas, causando mais dor.

Mas teria isso motivo? Teria isso tanto valor? Valeria tantas lágrimas e tanta dor? Por que continuar a desejar o que não é recíproco e se auto-punir por tal? Sorrisos ainda existem, a dor logo parte, novos desejos logo surgem e a dor antiga vira graça. Um sorriso ameno em breve virá. Com isso em mente, as lágrimas param. As pessoas ao redor são um conforto inegável. Um riso sem muita graça vem. E, desse jeito, logo ele torna-se um riso intenso. Não há motivos para sofrer assim. O sorriso sincero em breve virá. Breve, é só querer.

Um comentário:

  1. Gostei da pontuação, frases curtas. Como soluços. Lágrimas. E sorrisos. [:

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