domingo, 28 de novembro de 2010

Ideia Solta

Percebi que tudo depende do amor.
Passei bom tempo procurando causas sociais ou quaisquer outras como tema para as mais diversas obras alheias. Música, principalmente. Quis negar a ideia de que tudo gira em torno do amor e que só dele se fala. Parecia ser a temática que prevalece, acima de qualquer outra. E é, de fato. Critiquei, talvez por medo ou não sei.
Mas aprendi a aceitar por um simples fato: olhei para mim mesma. É a solução para a grande maioria dos dilemas. Percebi o que prevalecia em minhas não-renomadas obras literárias. E entendi. A criação alimenta-se de inspiração e esta última de emoção. E o que proporciona tantas emoções, diversas e intensas, senão o amor?
Plausível. E é isso.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dilema

Me diga, por favor, me diga
Por que gosta tanto de sofrer?
Por que prende-se à fadiga
Do amor que cansa viver?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Calmaria

Mentiras e desculpas
Sofridas as primeiras
Aceitas as segundas
Pra dormir a noite inteira.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Coisa de Adulto

Se ser adulto é assim
Tão sem pudor
Se ser adulto é assim
Viver vazio de amor

Então acho que sou feliz
Sendo eterna criança
Será que para mim
Ainda resta esperança?

Se ser maduro é assim
Trair a mulher na própria cama
Se ser maduro é assim
Dizer ao filho gay que não o ama

Então acho que vou reprimir
Fugir do movimento
Porque talvez assim
Diminua o sofrimento

Se é pra descobrir
Que devo viver conformada
Se é pra descobrir
Que a verdade não serve de nada

Então acho que vou fugir
Para as ilhas mais remotas
Tentar recomeçar dali
Uma sociedade menos morta

Se ser adulto é assim
Tão sem pudor
Se ser adulto é assim
Viver vazio de amor

Então acho que sou feliz
Sendo eterna criança
Será que para mim
Ainda resta esperança?

Indefinido

Eu só quero viver em meio às flores, em meio à grama alta e às árvores enormemente antigas. Quero sentir o cascalho sob os pés, descobrir novos aromas e tocar na água, serena ou apressada, ao som da vida abençoada com a isenção de dores de cabeça evitáveis. Quero sentir o vento tocar-me as pernas e sorrir diante do verde das folhas vivas - e também do laranja das mortas. Quero a companhia das novas descobertas. Quero desintoxicar com tal amabilidade. Mas é só por algum tempo. É só até que eu comece a sentir saudades.