sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Hoje ou Amanhã, Tanto Faz

Já cheguei a cogitar que minha cabeça nunca mais vai parar de doer.
Que eu nunca mais terei uma mente saudável.
Que meu coração nunca mais vai parar de apertar.
Que eu serei uma eterna escrava dos remédios controlados.

E, talvez, seja verdade.
Talvez.

Cigarros

Acho que encontrei o motivo real para fumar cigarros.
Já experimentei sim, várias vezes. Já até tentei me convencer de que gostava, porque pareço muito menos insegura e desengonçada com um cigarro entre os dedos. E seria bom assumir de vez a atitude badass que algumas pessoas parecem ver em mim (sei lá o que elas veem).
Mas não é isso. Um cigarro é uma desculpa para se afastar. Dar uma saidinha. "Dá licença, vou fumar um cigarro". Não é nada, só uma desculpa.
Você quer ir embora, mas são 21h e a festa mal começou. Aí você vai pro seu lugar afastado, acena entre risinhos. E, não sei se também pelo cigarro ou só pelo tempinho ausente, você volta disposto a aguentar mais um pouco.
Até o próximo cigarro.

Acho que vou fingir que fumo. Fumar ainda é socialmente mais aceitável do que uma licencinha porque não aguenta mais a cara de ninguém.